Eaí
Marketeiro por vocação. Contador de histórias por paixão. Curioso e estudioso.
Paranoico, indeciso, inseguro, procrastinador, levo o que não devo pro pessoal e tenho problemas com ego.
É, não vou me vender perfeito aqui, não. Eu sou um carinha complicado.
Mas sou apaixonado por tudo isso: por ficção, por histórias, por maneiras de encantar e tocar as pessoas.
Sou apaixonado pela ideia de que uma frase ou um texto podem mudar o dia de uma pessoa e que a história certa na hora certa podem influenciar quem entra em contato a ser melhor e a compreender melhor seus mundos internos.
E é por isso que te garanto que não estou nesse projeto brincando, nem tentando criar uma forma para te enganar e faturar alguns reais em cursos, levar pra casa e esquecer. Eu tô aqui no longo prazo. Eu quero ver a comunidade de criadores de ficção prosperar. E eu quero fazer isso junto com você.
Meu nome é Ricardo Cestari. Sou da periferia de São Bernardo do Campo, com muito orgulho. Eu sofri bullying e vi de perto meu sonho de escrever se esvair quando tive que ir encarar a vida. Mas eu nunca parei de sonhar. E sou muito feliz por agora poder realizar esse sonho!
Abaixo, minha história completa. Seja muito bem-vinda! Seja muito bem-vindo!
Eu sempre quis ser escritor.
Na verdade, era esse o nome que davam para quem produzia boas histórias em formato de texto. Eu queria mesmo era contá-las.
E eu sei que não era só sobre escrever por um motivo: videogames.
Vou explicar melhor.
Minha mãe achava que videogames diminuíam meu desempenho escolar. Por isso, durante o período letivo, tratava de arrancar os cabos do Master System da televisão e escondê-lo no maleiro. Eu nem sabia o que era um maleiro até então, mas essa palavra ainda me traumatiza.
Basicamente, eu ficava o ano inteiro sem a minha maior diversão. Só que eu passava o dia inteiro pensando nos jogos que eu ainda não tinha terminado. Para me distrair, televisão e os bonecos dos personagens que eu mais gostava, comprados com muito suor nas saudosas lojinhas de R$ 1,99. E outra coisinha que eu tinha aprendido a pegar gosto: a escola. Especialmente, as aulas de língua portuguesa. Ainda mais especialmente, as aulas de redação.
Já te explico como todas essas coisas vão se encaixar.
Conforme eu escrevia mais redações e as professoras do ensino fundamental me elogiavam, mais eu desenvolvia novas histórias. Cheguei em casa um dia querendo escrever um livro. Escrevi. 10 páginas, todo ilustrado com desenhos toscos.
Não era aquilo ainda. Faltava alguma coisa.
Um dia, fiquei com tanta vontade de jogar videogame que pensei:
Se não posso jogar, vou criar meu próprio jogo.
Sem nenhum direcionamento, criei os personagens. Criei o mundo em que o jogo se passaria. Desenvolvi a premissa dramática em que uma criança de 10 anos de saco cheio do bullying que sofria encontrava um portal mágico que o transportava para um mundo de perigos e aventuras. Lá, ele precisava salvar a princesa Priscila – a garota pela qual eu era apaixonado na época.
Eu não sabia o que era criação de personagem, construção de mundo ou premissa dramática. Mas eu estava tão envolvido com aquilo mentalmente que destravei aquela sistemática por observação. Talvez, também, por obsessão.
Fui mais longe. Desenvolvi fase por fase do jogo. Quais desafios o pequeno Rick (desculpa a breguice) enfrentaria em Elor (???), o mundo desconhecido, quais os objetos mágicos a sua disposição, os monstros a serem eliminados, os chefes de fase e suas dinâmicas, enfim.
É claro que ficou uma porcaria.
Mas, com 10 anos, educado em escola pública e pouquíssimo acesso a informação, eu destravara os princípios da construção de uma história.
Não sou psicólogo para fazer uma afirmação contundente sobre o que desencadeou isso, mas tenho um leve palpite: eu estava obcecado. Eu dormia pensando no jogo e treinava nas redações da escola. Dormia pensando no enredo dos Cavaleiros do Zodíaco e então treinava mais um pouco.
E não, eu não tinha o hábito de ler livros nessa idade. Anos mais tarde, eu me arrependeria disto e procuraria recuperar o tempo perdido.
Mas o que aconteceu é que eu peguei paixão por contar histórias. Por montar sistemas de começo, meio e fim e encaixar narrativas emocionantes na estrutura. Por fazer sentido através das palavras. Por criar mundos e panos de fundo encantadores. Por criar personagens apaixonantes.
E qual o formato mais acessível à época para que eu explorasse isso? O texto. Os livros.
Sem talento para desenhar e muita disposição para escrever, eu escrevia. Sem parar.
Uma redação atrás da outra, ora uma nota baixa, ora uma leitura dramática para toda a sala. Me dava um prazer imenso criar tudo aquilo.
E por mais que eu tivesse saudades do videogame, o tempo que eu passava criando me libertava, me mantinha vivo.
E então fui ler. Coleção Vagalume e os KARAS foram minha porta de entrada para a literatura nacional e daí não parei mais.
Com 14 anos, finalmente, escrevi minha primeira verdadeira obra. Era um conto de 8 páginas em que meus amigos e eu nos envolvíamos com um grupo de bruxas (que eram, também, garotas da minha sala).
O enredo era bem bobo e, no final, eu ficava com a garota que eu era apaixonado. Coitada. Mas dessa vez, foi a primeira vez que lidei com outro tipo de sensação: público!
As pessoas queriam ler as minhas histórias. Meus amigos rodavam os contos entre si, escritos em folhas de caderno pautado e me davam ideias de como eu deveria prosseguir com a história. Um deles chegou a criar um spin-off versão besteirol e por mais mal escrito que fosse, me fez dar boas risadas. Pouco importava o formato ou a qualidade ali: o que importava era a criatividade.
Experimentei a capacidade de criar sistemas e narrativas e experimentei o que era ter pessoas consumindo o meu material e pedindo por mais. Será que não tinha nenhuma possibilidadezinha de eu publicar aquilo?
Fui atrás de entender como funcionava e não poderia ter me decepcionado mais.
Em primeiro lugar, eu não tinha um computador. Em segundo lugar, para submeter originais a editoras, eu precisava imprimir o meu original digitado ou “datilografado” (se você tem menos de 20 anos, nunca deve nem ter ouvido falar desta palavra) e enviar por correio a elas. Basicamente, eu teria de passar algumas horas em uma lan-house (o que também custava dinheiro) transcrevendo todo o meu material para então tentar enviar a uma editora.
Não. Não ia dar certo.
A vida me deu um baita de um tabefe na fuça. Sem dinheiro, sem sonho. Aquilo ficou escancarado muito cedo.
Mas existia uma chance. Eu tinha um outro talento: eu era o CDF. Eu gostava de estudar. Era o primeiro da sala. E em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, um jeito de fazer dinheiro cedo era estudar no SENAI e ser empregado por uma das prósperas metalúrgicas da região.
Trabalhar em uma fábrica era totalmente o oposto do que tinha imaginado como vida profissional, especialmente depois que eu experimentei a literatura. Mas não tinha qualquer condição de não fazer mais dinheiro. Minha mãe já não conseguia comprar minhas roupas e, se eu quisesse ter alguma perspectiva de futuro, precisava encarar um trabalho.
Fui lá. Passei na prova do SENAI e fui admitido na Karmann Ghia do Brasil como jovem aprendiz. Eu estudava no SENAI pela empresa e ganhava um salário de R$ 200,00 por mês. Para a época e para a situação da minha família, era uma soma surreal.
E sabe o que eu fiz com meus 4 primeiros salários? Paguei prestações de um computador com monitor preto e branco e acesso ao Microsoft Office.
E entre a jornada de trabalhar, estudar no SENAI e fazer o ensino médio a noite, eu arrumei tempo para reescrever meus livros no computador. Criei uma nova história com a mesma premissa.
Mas não encarei enviar o material para uma editora.
A verdade é que eu já estava com 20 anos quando terminei tudo. E quando vi o resultado final do livro, que tinha adorado escrever, cheguei a duas conclusões dolorosas:
Mas se eu demorasse mais 5 anos para escrever outro material, encontraria os mesmos problemas de novo. O que poderia fazer?
Tomei, então a decisão mais acertada da minha vida.
Indignado com a dificuldade que qualquer criança pobre teria de seguir uma carreira literária e com essa realidade, eu assumi uma missão: eu procuraria formas de democratizar o acesso a informação e produção literária. Tentaria, de alguma forma, contribuir para isso. Neste meio tempo, poderia focar em uma profissão que me agradasse mais, ainda que não fosse meu grande sonho, fazer algum dinheiro e, quem sabe, num futuro, voltasse a escrever com objetivos profissionais.
Ralei tudo o que podia por 7 anos na Karmann Ghia e, com ajuda de um cursinho pré-vestibular, consegui uma bolsa integral no Pro-Uni para estudar Rádio, Televisão e Internet na Universidade Metodista de São Paulo.
Não é que eu quisesse ser radialista, mas a possibilidade de aprender a criar roteiros se conectava com meu propósito de contar histórias.
Foi na faculdade que eu entendi qual seria o meu caminho. Em 2009, a Internet estava engatinhando. Blogs, YouTube, Redes Sociais surgindo. Dois professores foram os responsáveis por me mostrar o tamanho potencial que o digital tinha para comunicadores. E, mais a frente, eu percebi seu tamanho potencial para criadores de conteúdo. Para artistas. Para escritores.
Parece que foi um tiro. Toda a minha carreira profissional ganhou um norte ali. Eu aprenderia e trabalharia com Marketing Digital. Faculdade? Não. O conhecimento estava sendo compartilhado. Eu podia aprender a dominar as ferramentas digitais de graça.
E foi assim. A partir daí, fui responsável pelo projeto de um TCC premiado pela Universidade e, assim que pedi demissão da Rede Record de Televisão (um emprego apropriado para a Faculdade), comecei a estudar para criar o Writogether em sua primeira versão, ambiciosa. A ideia é que fosse uma grande plataforma de ficção colaborativa, conectando escritores e ilustradores para dar vida digital às histórias criadas pelos escritores independentes.
Uma mistura de Wikipedia com plataformas de FanFiction.
A plataforma claramente não foi para frente, por falta de um sócio de tecnologia, capital e tempo que eu podia dedicar.
No entanto, ela foi chamada a ser exposta na Campus Party de 2015 e eu ainda consegui apresentá-la para a Saraiva que, infelizmente, à época, não estava fazendo investimentos. Tinha potencial!
Mas, na boa. Ficar sem salário, nas condições em que eu vivia não era uma opção pra mim. O sonho de empreender com escritores teria que ficar para mais tarde. Por sorte, voltei ao mercado, para trabalhar na Vevo. Sabe, aquela dos clipes?
Me aproximei um pouquinho do mundo da arte, lidando com músicos independentes. Era um caminho e tanto!
E foi frustrado em menos de um ano.
Pela primeira vez na vida eu havia sido demitido. O que aconteceu? Falta de recursos. Artistas independentes não davam grana. Isso te diz alguma coisa?
Mas olha como a vida é: eu estava em vários grupos de escritores e havia feito amizade com bastante gente.
Uma dessas pessoas, quando ficou sabendo que eu estava desempregado, me indicou pra uma vaga numa empresa de tecnologia.
E foi então que assumi um desafio em uma Startup de Tecnologia, a NeoAssist, para aplicar tudo o que tinha aprendido até então. Lá foi onde desenvolvi minhas principais habilidades de gestão, marketing digital e marketing de conteúdo orientado a empresas. Foi onde eu gerei meus resultados mais expressivos e descobri que eu poderia replicar isso em projetos pessoais, como este aqui.
Quem me acompanha nas redes sociais sabe o quanto amo essa empresa. Foi meu primeiro milhão de visitas em um Blog, o primeiro vídeo viral produzido, o primeiro time que montei, a primeira experiência com gestão, enfim. Foi minha porta de entrada! 3 anos e meio em que evoluí de um aspirante a marketeiro digital para coordenador e então gerente, com uma equipe de 7 pessoas. Aliás, um dos momentos mais incríveis da minha vida foi ter sido promovido a gerente.
Sabe quando você olha pra sua vida, pra tudo o que passou e começa a ligar os pontos? Como tudo aconteceu?
Estava eu lá. Menino pobre de São Bernardo, Gerente de Marketing em uma empresa de tecnologia aos 32 anos. Eu estava no jogo. Eu estava vivo.
Saí da NeoAssist em 2019 para me reconectar com o propósito literário. Um aplicativo de resumo de livros gringo, a Esens me chamou para assumir o cargo de Head de Marketing. Meu objetivo ali era fazer com que mais gente baixasse e usasse o aplicativo.
Por uma série de divergências, acabei optando por sair da empresa e, então, pela primeira vez, co-fundei o meu próprio cantinho: o 451 Labs, oportunidade incrível que meus sócios a época me deram para que aplicasse tudo o que tinha aprendido sobre marketing de conteúdo para levar a outras empresas.
Foi uma experiência fantástica e até hoje, tenho orgulho de dizer que fiz parte daquilo. Mas a vida é bem complicada. Empreender é muito mais difícil do que parece. Assumir essa empreitada era muito mais difícil. Saber que o salário que recebia saía do caixa da empresa e poderia prejudicá-la me fez entender que eu ainda não estava preparado, nem financeiramente, nem psicologicamente.
Joguei a toalha e voltei ao mercado. Hoje, sou Head de Marketing em uma empresa de Segurança da Informação enquanto toco, paralelamente, o Writogether.
Neste exato momento, eu volto às minhas origens. Eu gostei de contar histórias de empresas.
Foi uma experiência fantástica. Mesmo.
Poder usar minha paixão por narrativas para envolver as pessoas com os propósitos das companhias é, de fato, uma experiência única.
Mas eu quero voltar. Eu quero escrever! E, mais do que isso: eu quero construir um mercado de ficção, com a comunidade. Tijolo por tijolo. Um a um.
Quero unir meus anos de conhecimento em Marketing Digital para devolver a essa comunidade a qual me sinto pertencente desde que escrevi meu primeiro livro em folhas de caderno.
Eu quero mudar as coisas como elas são.
Quero que escritores possam ter uma renda justa pelos seus trabalhos e que, enquanto comunidade, possamos criar cada vez mais espaços criativos.
Quero expandir todos os limites do que é conhecido como formatos de ficção e usar a Internet, a toda poderosa e gigantesca, praticamente infinita, rede de dados, para criar experiências novas.
Quero aliar tecnologia e criatividade em um novo mundo de possibilidades.
Enfim, eu quero contar histórias em um mundo em que histórias são contadas em cada vez mais lugares.
Muito prazer em te conhecer! Vou amar ter você nessa jornada comigo.
Bora nessa?
Nas passagens que fiz em algumas empresas maneiríssimas, tive a oportunidade de criar estratégias de marketing de conteúdo que chegaram a esses e diversos resultados, contando sempre com a execução de times de profissionais criativos incríveis. Achei que valia compartilhar por aqui.
Não faço marketing para enganar as pessoas e nem acredito que esse seja o propósito de fazer marketing de livros. Marketing para escritores é a chance de poder explorar o caminho necessário para levar uma história a quem queira consumi-la. Nunca vai ser sobre vender livros a qualquer custo.
Eu já acreditava na comunicação e nos meios digitais há muito tempo. Recentemente, isso ficou ainda maior. Muito mais do que produzir e distribuir livros pela Internet, novas possibilidades se abriram. Você pode criar universos ficcionais inteiros, atuar como se existisse neles e criar conteúdo colaborativo com muito mais agilidade do que já se imaginou.
O melhor caminho que encontro para termos um mercado mais justo e próspero para os criadores de ficção é a partir da comunidade. A partir da união de escritores e profissionais de ficção de diversas esferas, conectando-se e formando uma poderosa rede de apoio. Mias do que isso, é na comunidade que vejo a chance de quebrar práticas econômicas abusivas do atual mercado.
Vamos ver se eu consigo te ajudar! Me conta teu nome e email e eu entro em contato contigo na sequência.
Vamos ver se eu consigo te ajudar! Me conta teu nome e email e eu entro em contato contigo na sequência.